domingo, 30 de maio de 2010

A ESQUIZOFRENIA É UMA DOENÇA


A esquizofrenia ocorre no mundo todo. A gravidade dos sintomas e o padrão de duração crônica comumente levam a algum grau de incapacitação. Os medicamentos e as intervenções terapêuticas e de apoio, quando seguidos com regularidade, podem ajudar a diminuir e controlar os sintomas que trazem tanto sofrimento. Entretanto, algumas pessoas não têm acesso ao tratamento, outras não melhoram muito com os tratamentos disponíveis, ou abandonam o tratamento por falta de orientação e apoio adequados. Há ainda aquelas que param de tomar os medicamentos por causa de seus efeitos colaterais desagradáveis ou por outras razões. Mesmo quando o tratamento é eficaz, existem conseqüências da doença que persistem – a perda de oportunidades, o preconceito, os sintomas residuais, efeitos colaterais de certos medicamentos – tudo isso pode trazer muito sofrimento e tornar a vida difícil para essas pessoas.
Os primeiros sinais da esquizofrenia aparecem em geral sob a forma de mudanças graduais ou repentinas, às vezes chocantes, do comportamento. Lidar com os sintomas da doença pode ser particularmente difícil para os familiares que não entendem como a pessoa mudou de maneira tão radical o seu jeito de ser. O início repentino dos sintomas psicóticos graves é chamado de fase “aguda” da doença. A “psicose” ou “surto”, uma condição comum na esquizofrenia, é um estado de alteração mental caracterizado pelas alucinações, que são distúrbios da percepção sensorial, e/ou delírios, que são crenças falsas, resultantes de uma impossibilidade da pessoa de distinguir experiências reais das imaginárias. Sintomas menos evidentes, como isolamento e retraimento social, e fala ou comportamento estranhos ou desorganizados, podem preceder, acompanhar ou vir depois do aparecimento dos sintomas psicóticos.
Algumas pessoas têm somente um episódio (ou surto) psicótico; outras têm vários, mas conseguem levar uma vida relativamente normal durante os períodos entre as crises. Entretanto, aqueles com uma evolução crônica da doença, que sofrem continuamente ou com crises sucessivas, mal controladas, em geral não recuperam um funcionamento normal e necessitarão de tratamento e acompanhamento a longo prazo, incluindo a medicação para controlar os sintomas.

REFERÊNCIA
National Institute of Mental Health
Office of Communications. “Schizophrenia”. Bethesda, Maryland.
NIH Publication No. 02-3517
Printed 1999, Reprinted 2002
Acessível em <
http://www.nimh.nih.gov/publicat/schizoph.cfm>

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